Publicado em 06/01/2016 às 09h30.

Tensões externas crescem e taxas futuras de juros aumentam

Ana Lucia Andrade

Se na terça-feira, 5, havia uma expectativa de que uma certa calmaria poderia voltar aos mercados internacionais, após o susto com a China na segunda-feira, nesta quarta-feira, 6, a Coreia do Norte voltou a alimentar a aversão ao risco em todo o mundo. Com isso, o dólar sobe ante o real e os juros futuros acompanham.

A Coreia do Norte anunciou nesta quarta que realizou, com sucesso, seu primeiro teste com uma forma mais poderosa de bomba nuclear, aumentando os desafios da política externa dos EUA e destacando os limites da capacidade da China de manter seu instável aliado sob controle.

A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10 horas desta quarta-feira, pelo horário local.

Somando aos fatores de instabilidade no cenário internacional, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da China recuou para 50,2 em dezembro, de 51,2 em novembro, segundo dados da Caixin. Trata-se do menor nível desde julho de 2014 e o segundo menor da série histórica, iniciada em novembro de 2005. Além disso, o BC da China enfraqueceu o yuan pelo sétimo dia seguido, com a taxa de paridade caindo para o menor nível desde abril de 2011.

Às 9h25, a taxa do DI para abril de 2016 estava em 14,680%, de 14,650% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2017 indicava 15,67%, ante 15,60% na véspera. O DI para janeiro de 2018 mostrava 16,31%, de 16,21%. E o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 16,36%, ante 16,25%.

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff e Lula discutiram na noite desta terça-feira em Brasília o quadro político em geral e depois falaram sobre política econômica, de acordo com interlocutores dos participantes do encontro, que contou ainda com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Recentemente, tanto Lula quanto o PT têm pressionado o Planalto no sentido de sinalizar mudanças na política econômica para fazer um aceno à base petista.

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