Publicado em 06/12/2022 às 13h25.

Vice-presidente da Argentina é julgada por denúncia de corrupção

Cristina Kirchner pode ser condenada a 12 anos de prisão, além de ser impedida de ocupar cargos públicos

Redação
Foto: Administración Nacional de la Seguridad Social
Foto: Administración Nacional de la Seguridad Social

 

A vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner está sendo julgada por associação criminosa e improbidade administrativa nesta terça-feira (6) e pode ser condenada a 12 anos de prisão, além de ser impedida de ocupar cargos públicos quando juízes divulgarem ainda hoje a sentença por uma denúncia de prática de corrupção. As informações são da Reuters.

No entanto, é provável, que o julgamento receba apelações e passe anos em tribunais superiores, mesmo que indique uma derrota para a ex-presidente, que tem milhões de apoiadores em todo o país.

Kirchner, que foi presidente entre 2007 e 2015, enfrenta acusações por suposta corrupção na concessão de obras públicas durante seu governo. A política negou as acusações e chamou o tribunal de “pelotão de fuzilamento”. “É evidente que haverá condenação”, disse Kirchner em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada na segunda-feira.

A vice ainda alega que suas garantias constitucionais foram violadas durante o processo. Uma sentença condenatória pode desencadear reações furiosas dos partidários de Kirchner em um país que atravessa longa crise econômica, com a inflação chegando a 100%, e onde muitos falam de forte polarização política entre esquerda e direita.

Também pode lançar uma sombra sobre o governo peronista do presidente, Alberto Fernández, que enfrenta dura batalha para se reeleger contra uma oposição conservadora, nas eleições gerais marcadas para o ano que vem. Os promotores alegam que os contratos de obras públicas foram entregues a um empresário aliado de Kirchner, que canalizou o dinheiro de volta para ela e seu falecido marido, Néstor Kirchner, também ex-presidente. Defensores da vice-presidente dizem que ela é vítima de perseguição judicial.

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