Advogado de Pitágoras confirma busca e apreensão da PF em agência

Na ação, a vice-prefeita da cidade, Márcia Gomes (PSDB), é também denunciada

Alexandre Galvão

Agentes da Justiça Federal na Bahia e da Polícia Federal executaram, nesta quarta-feira (26), mandados de busca e apreensão na sede da Atenas Comunicação LTDA – empresa que, segundo alegado pela acusação, fez campanha para Dr. Pitagoras (PP), prefeito de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Segundo a peça acusatória, a campanha do pepista usou a agência na campanha, mas não prestou contas à Justiça Eleitoral. Além desta irregularidade, os autores da denúncia – a Coligação É Hora de Defender Candeias, o partido Solidariedade e a ex-prefeita Tonha Magalhães (DEM) – alegam que seis veículos foram usados para propaganda eleitoral e não foram declarados.

Além disso, acusam a chapa de receber doações de Inês Serra Dourado, “tratando-se em verdade de doações indiretas da empresa I.S. Dourado Eirelli”, e de simular despesas de campanha no valor de R$ 30 mil com a contratação de locutores.

A ação aconteceu por determinação do juiz eleitoral Tadeu Ribeiro de Vianna Bandeira, que também autorizou a quebra do sigilo bancário de Carlos Antônio Ibiapina Júnior, irmão do prefeito. Na sua decisão, o magistrado citou a denúncia de que Carlos Júnior sacou, em 3 de setembro de 2016, às vésperas da votação, R$ 150 mil que seriam usados para compra de votos na cidade.

Na peça, a vice-prefeita da cidade, Márcia Gomes (PSDB), é também denunciada.

Advogado de Pitágoras nos processos eleitorais, Michel Reis afirmou que a operação foi, “apenas”, para “saber se teve trabalho realizado pela gráfica”. “Não vão localizar nada, pois não existe. A empresa não trabalhou para ele. A que trabalhou está na prestação de contas”, alegou, ao bahia.ba.