Publicado em 23/09/2020 às 13h39.

A Bahia não está podre como o Rio, com a ressalva: santo cá só Irmã Dulce

'Pense num absurdo e o Rio de Janeiro tem precedentes'?

Levi Vasconcelos
Foto: Reprodução/ TV Globo
Foto: Reprodução/ TV Globo

 

Sobre a nota por nós publicada, falando da dramática situação moral do Rio de Janeiro, onde os cinco últimos governadores foram presos por corrupção e o atual está afastado, provocado pela leitora Rivalda Menezes, Edvado Araújo, nosso leitor, nos chama a atenção para um fato:

“Volta e meia vejo você citar a frase de Otavio Mangabeira, que reflete o complexo de vira-lata dos baianos, a algum absurdo ocorrido na Bahia (Pense em um absurdo e a Bahia tem precedente), como se absurdos só ocorressem aqui. O Brasil é o país dos absurdos!

Diante de tantos absurdos por que você também não usa a frase de Mangabeira e aplica para os absurdos que ocorrem Brasil a fora, inclusive nesse caso do Rio: ‘Pense num absurdo e o Rio de Janeiro tem precedentes’, ou ‘Pense num absurdo e o Brasil tem precedente'”?

Santa Dulce

Tens razão, Edvaldo, toda ela. Até porque financeiramente a Bahia é um estado bem arrumado. Certa feita perguntei a Rui Costa sobre possíveis desvios danosos dos seus antecessores, inclusive Paulo Souto e César Borges. Ele foi bastante: têm diferenças nas prioridades de investimentos, mas do ponto de vista ético, nada.

Ou seja: o precedente baiano é do bem, o que não quer dizer que a Bahia é um santuário. Santo aqui você não vai achar; Santa temos, mas o endereço é único, o Largo de Roma, com a ressalva: também é outro precedente do bem.

Viu que estás certo, Edvaldo?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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