Publicado em 16/03/2016 às 20h39.

Autoridades com foro privilegiado não foram grampeadas, diz Moro

Segundo juiz Sérgio Moro, a rigor, nem celular de Lula foi grampeado, e sim o aparelho de um assessor, que o ex-presidente costuma utilizar

Redação
BRASILIA/DF 11/3/2013 NACIONAL JUIZ DA OPERACAO LAVA JATO SERGIO MORO FOTO GIL FERREIRAAGENCIA BRASIL
Foto: Gil Ferreira / Agência Brasil

 

O juiz federal Sérgio Moro afirmou, ao suspender o sigilo de interceptações telefônicas da Lava Jato, que a presidente Dilma Rousseff não foi grampeada e, a rigor, nem mesmo o ex-presidente Lula. “Rigorosamente, sequer o terminal do ex-Presidente foi interceptado, mas apenas o terminal telefônico utilizado por acessor dele (11XXXXXXXXX), do qual  ele fazia uso frequente”, escreveu o magistrado.

Segundo Moro, não houve interceptação de quaisquer autoridades com foro privilegiado, apesar de haver diálogos de Lula com autoridades com tal foro, como a própria presidente.

Sítio de Atibaia – O juiz também explicou o motivo de manter nos autos conversas interceptadas de Roberto Teixeira. O magistrado declarou que não identificou “com clareza relação cliente/advogado a ser preservada entre o ex-Presidente e referida pessoa”.

De acordo com Moro, há indícios do envolvimento direto de Teixeira na “aquisição do sítio em Atibaia do ex-Presidente, com aparente utilização de pessoas interpostas”. “Então ele é investigado e não propriamente advogado. Se o próprio advogado se envolve em práticas ilícitas, o que é objeto da investigação, não há imunidade à investigação ou à interceptação”, decidiu o juiz.

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