ACM Neto não vence sem apoio do grupo bolsonarista, dispara Raissa Soares
A liberal também falou sobre sua candidatura à Câmara Federal

Pré-candidata a deputada federal em 2026, Raissa Soares (PL) afirmou, nesta quarta-feira (10), que o pré-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), não terá condições de vencer o governador Jerônimo Rodrigues (PT) sem o apoio da ala que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Olha, nós sabemos que ACM Neto não consegue ter vitória na Bahia se ele não tiver o apoio da ala da direita do grupo bolsonarista”, disse Raissa, durante entrevista ao bahia.ba na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Questionada se a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) – escolhido pelo ex-presidente para disputar o Planalto – poderia atrapalhar Neto na corrida ao Palácio de Ondina, Raissa afirmou que, enquanto o PL buscava apoiar uma alternativa da direita, o União Brasil já havia lançado o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, para a disputa presidencial.
“Eu entendo que, no segundo turno, o grupo da direita tende a se unir em torno do nome que avançar. Com mais candidaturas colocadas, o que acontece é que nós, da direita, não temos outra opção para o governo”, avaliou.
Para ela, apesar de haver “vários nomes” concorrendo à Presidência em 2026, ACM Neto deve se consolidar como o candidato da direita ao governo da Bahia.
No estado, há a possibilidade de João Roma, presidente do PL na Bahia, compor a chapa majoritária como candidato ao Senado. Raissa comentou o cenário.
“Se João Roma realmente entrar para o Senado, o PL se junta ao grupo de ACM, e isso pode até permitir que ACM surpreenda no primeiro turno, porque a insatisfação do povo baiano é muito alta”, disse.
Ela também criticou duramente o novo pedido de empréstimo feito pelo petista. “É o 23º empréstimo da Bahia, que está quebrada. Já são R$ 26 bilhões em dívidas. Saúde um caos, economia um caos, educação um caos, segurança um caos, ruas todas com problema”, afirmou.
Segundo ela, “o povo já entendeu que esse governo não consegue gerenciar a nossa gente, a vida das pessoas, e que o Estado está em colapso total”.
Raissa citou ainda problemas na estrutura estadual: “Hospitais fechados, profissionais sem receber, prédios se deteriorando, nosso patrimônio histórico abandonado, igrejas sem recuperação”.
Nesse contexto, defendeu que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro fortalece a direita no país. “Duas pesquisas mostram Flávio em empate técnico, e isso demonstra que sim, o Brasil tem direita, tem conservadores, tem quem queira ordem, decência e respeito às diferenças”, argumentou.
Ela intensificou as críticas ao governo Lula, citando “muito descaso, assistencialismo, poucas oportunidades de emprego e empresas indo para o Paraguai por conta de tarifas menores”. Raissa mencionou ainda demissões nos Correios: “O serviço está caótico e muita gente está perdendo emprego. O povo de bem já percebeu que não dá para continuar assim”.
Eleições de 2026
Ao falar sobre sua própria candidatura, Raissa relembrou sua atuação durante a pandemia da Covid-19, que, segundo ela, motivou sua entrada na política.
“Eu sou pré-candidata a deputada federal. Hoje, com mais pé no chão, é mais fácil levar meu nome como voz das pessoas. Viram que, na pandemia, eu defendia o que acreditava. Fui perseguida, processada, difamada, mas estava ali cuidando de gente”, concluiu.
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