Alden: sanções dos EUA não interferem na política brasileira

A retirada das sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa, da lista da Lei Magnitsky, repercutiu no meio político brasileiro e deve influenciar a disputa eleitoral de 2026.

Procurado pelo bahia.ba, o deputado federal Capitão Alden (PL-BA) afirmou nesta sexta-feira (12) que a decisão americana não tem relação com a votação do PL da Dosimetria no Congresso.

O projeto aprovado na Câmara pode reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Segundo Alden, associar os dois episódios demonstra “desconhecimento ou distorção sobre a política internacional”. Para ele, os Estados Unidos atuam “com base em interesses geopolíticos próprios, e não em debates internos do Parlamento brasileiro”.

O parlamentar afirmou que a “luta pela liberdade no Brasil” não será resolvida por pressões externas, mas por mobilização interna. Ele argumenta que a dosimetria não substitui a anistia e que o projeto aprovado representa uma “redução imediata de danos” diante do cenário atual do Congresso.

Alden declarou ainda que a aprovação de uma anistia ampla só será possível “com a direita no comando do Executivo federal”. Segundo ele, a correlação de forças hoje impede avanços: “Não temos maioria no Congresso, não controlamos o Executivo e não há alinhamento com o STF”.

O deputado atribuiu as dificuldades da oposição às escolhas do eleitorado em 2022 e defendeu que a mudança depende do resultado de 2026. “Coragem no discurso sem coragem no voto não muda país nenhum”, afirmou Alden.

O parlamentar concluiu dizendo que a oposição seguirá atuando “sem ilusão e sem recuar”, e insistiu que a retomada do Executivo e a formação de uma maioria no Congresso são, em sua visão, o único caminho para uma “virada institucional”.