Publicado em 11/04/2016 às 19h37.

Aleluia vai à PGR contra Lula: ‘exercício ilegal de cargo público’

O deputado federal entrou com ação contra o ex-presidente na Procuradoria-Geral da República sob alegação de que ele pratica compra de votos de congressistas

Hieros Vasconcelos
Deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) (Foto: Ascom/Aleluia)
Deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) (Foto: Ascom/Aleluia)

 

O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), ferrenho defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR), nesta segunda-feira (11), contra o ex-presidente Lula por exercício ilegal de cargo público, tráfico de influência e usurpação da função pública.

Na opinião do parlamentar baiano, o petista “pratica uma abjeta compra de consciências e votos de congressistas para atender aos interesses de um governo sub judice, em clara desobediência a ordem judicial emanada da mais alta Corte do país”. Hospedado em um hotel próximo ao Planalto, o ex-presidente tem buscado estar próximo da presidente e de seus correligionários. Para muitos oposicionistas, está mais do que evidente a forte atuação de Lula junto aos parlamentares indecisos em relação ao impeachment de Dilma, partidos médios e nanicos. Eles alegam que o governo tem feito, por intermédio de Lula, um verdadeiro leilão de cargos em troca da não aprovação do impeachment.

Para Aleluia, o ex-presidente “fez de um hotel próximo ao Palácio da Alvorada um verdadeiro QG da crise” e transformou o quarto do hotel em uma espécie de escritório político. “No quarto transformado em escritório para o desavergonhado fisiologismo, o ex-sindicalista está a negociar valores, cargos, benesses e vantagens com deputados que se disponham a votar contrariamente à admissibilidade do processo de impeachment de Dilma”, criticou o deputado.

A representação alega que Lula assumiu ilegal e ilegitimamente funções às quais se encontra vedado a exercer, “falando e representando o governo em eventos públicos e articulando a sua reestruturação politico-administrativa”. “O ex-presidente está traçando estratégias e comprometendo, com a promessa de cargos e espaços, a estrutura administrativa da União e os recursos públicos, num vergonhoso mercantilismo para evitar a aprovação do processo de impeachment”, disse Aleluia.

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