Apesar de pressão por minirreforma de Lula, Rui permanece na lista dos ‘intocáveis’
O presidente já reiterou que os chefes das pastas consideradas estratégicas se manterão, sem intromissão dos partidos, mas Padilha não estaria livre

Apesar de toda pressão do centrão sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma minirreforma ministerial e em torno dos ministros da Casa Civil, Rui Costa e, de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsáveis pela articulação política e liberação de emendas, o presidente já reiterou que não abandonará seus principais aliados e que os chefes das pastas consideradas estratégicas se manterão, sem intromissão dos partidos.
Rui, por exemplo, conforme o Portal iG, apesar do bombardeio sofrido por dez entre dez parlamentares no Congresso, é aliado de primeira ordem do presidente, que não considera legítimo exonerá-lo. Portanto, está blindado, na lista dos ‘intocáveis’.
Além, dele, estaria Flávio Dino, da Justiça, visto pelo Planalto como um dos maiores destaques do governo; Fernando Haddad, da Fazenda, tido como uma grata surpresa do Planalto, que estaria fazendo um trabalho de aproximação com o mercado financeiro para recuperar a credibilidade de Lula na economia; bem como Simone Tebet (Planejamento); Camilo Santana (Educação) e Aniele Franco (Igualade Racial). O vice-presidente Geraldo Alckmin é outro que deve se manter no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Esse não seria o caso de Padilha, também pressionado pelos congressistas, mas que, conforme circula no corredores do Palácio do Planalto, Lula já estaria estudando a possibilidade de colocá-lo em outro ministério, como forma de amenizar a tensão, mas ainda não há definição. Ele é acusado de sofrer dificuldade ainda em atrair outros partidos para o Planalto, como o Republicanos e o Progressistas.
Por outro lado, quem estaria de malas prontas para desembarcar do Planalto é a ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Após as polêmicas sobre o comando do União Brasil no Rio de Janeiro, ela foi ‘fritada’ pelo partido, que pede sua saída.
Para o lugar dela, o nome do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) é dado como certo. Ele é visto como uma peça mais alinhada com a cúpula da legenda, o que facilitaria as negociações entre o UB e Lula.
Juscelino Filho, das Comunicações, também deve deixar a pasta. As polêmicas em que ele se envolveu causaram forte desconforto ao Planalto, e o União Brasil não vê o ministro como um aliado que faça o governo ter força junto aos congressistas.
Nos bastidores, há informações de que parte da cúpula do centrão tem forte interesse no Ministério da Saúde. Entretanto, Lula quer barrar a ideia. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Valdo Cruz, da GloboNews , e confirmada pelo iG com fontes próximas do Planalto.
Interlocutores informaram que Lula gosta do trabalho de Nísia e a vê como uma ‘ferramenta’ para alavancar a pasta, após o desgaste provocado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). O petista, então, deve negociar com os partidos para remanejar as vagas na Saúde para o segundo escalão.
Apesar das tentativas de blindagens do mandatário da nação, em conversas com o iG, congressistas informaram que podem até aceitar os cargos, mas dependerá também das trocas na articulação política. A recusa, segundo as fontes, poderá acontecer caso Lula insista em Padilha ou em outro nome do PT na articulação com o Congresso.
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