Publicado em 29/04/2024 às 21h00.

Após jantar de Lula com STF, Girão cobra Senado sobre independência entre poderes

"Fica aquela pergunta: onde é que está a independência entre os Poderes?", questionou o senador Eduardo Girão (Novo-CE)

Redação
Foto: Kefferson Rudy/Agência Senado

 

Em pronunciamento, nesta segunda-feira (29), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que o Senado precisa cumprir seu papel para defender a população e apontar o que está errado para que o Brasil volte a ter um Estado Democrático de Direito.

“Fica aquela pergunta: onde é que está a independência entre os Poderes? Precisamos agir. Na reunião, os ministros pediram ao presidente Lula que desse apoio ao STF e ajudasse na articulação para blindar o avanço de propostas no Congresso Nacional que visam a atacar o STF? É isso?”, questionou.

Girão também criticou a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em jantar com ministros do STF, em 15 de abril, na casa do ministro Gilmar Mendes. Segundo o parlamentar, a população acompanha com “crescente perplexidade” as denúncias de abusos cometidos por alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador ainda lamentou declaração do ministro Alexandre de Moraes, que se disse preocupado com o avanço dos conservadores no Senado e com a próxima eleição para a presidência da Casa. Girão argumentou que não é competência de nenhum membro do Supremo se preocupar com as eleições no Parlamento e com a posição política de seus membros. O parlamentar também afirmou que Lula manifestou interesse em fazer novos encontros com ministros do STF, inclusive os indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Nós vivemos a maior crise moral da nossa História, com a inversão completa de valores. Enquanto homens e mulheres de bem são perseguidos e punidos por crimes de opinião, por cumprirem seu dever, como a força-tarefa da Lava Jato, dezenas de processos de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo parlamentares, inclusive, são mantidos pelo foro privilegiado no STF há anos sem nenhum julgamento, até a sua inevitável prescrição”, disse.

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