Publicado em 17/04/2019 às 13h08.

Argôlo teve pena reduzida por trabalho na cadeia e ajuda a outros presos, diz defesa

Seap não confirmou informações sobre as atividades desenvolvidas pelo parlamentar

Milena Teixeira

 

Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

 

Condenado a 12 anos e 8 meses de prisão na operação Lava Jato, o ex-deputado João Luiz Correia Argôlo dos Santos, que foi solto na terça-feira (16), deixará de cumprir um ano e três meses de pena devido à remição da execução.

De acordo com o advogado do ex-parlamentar, Sérgio Habib,  Argolo  desenvolveu atividades na administração da cadeia e chegou a cursar matemática na Universidade Estadual da Bahia (Uneb).

O ex-deputado cumpriu pena cinco anos em Curitiba e em Salvador. Na capital baiana, ele ficou detido no Centro de Observação Penal, no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

“Sempre foi um preso exemplar, tanto que ele conseguiu fazer a transferência de Curitiba para cá. Ele trabalhou na parte da administração em Salvador e também trabalhou no outro presídio. Ele também ajudava outros presos com os estudos”, contou a defesa de Argôlo.

O  ex-parlamentar foi para a Uneb em 2016. No entanto, segundo Habib, ele “não deu continuidade ao curso”.

O bahia.ba entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para saber sobre o abatimento da pena do ex-parlamentar, no entanto, o órgão disse que o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia era responsável por passar a informação.

Em contato com o TJ-BA,  a reportagem recebeu como resposta a decisão do caso.

Relembre o caso

O baiano foi o terceiro preso da Lava Jato. Ele estava detido desde 2015 por desviar recursos da Petrobras. Na época da prisão, o juiz Sérgio Moro entendeu que  Argôlo, enquanto deputado federal, recebeu parte do dinheiro da propina paga por empreiteiras fornecedoras da Petrobras à Diretoria de Abastecimento da estatal, então comandada por Paulo Roberto Costa. A lavagem de dinheiro ficou configurada na ocultação e dissimulação dos recursos recebidos.

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