Publicado em 10/01/2023 às 16h00.

Atos antidemocráticos: PF solta idosos, doentes e responsáveis por crianças

Deputados do PL criticam condições da prisão; Ministério de Direitos Humanos afirma que monitora a situação, mas alinha-se à reação do governo na repressão a "arruaças"

Redação
Foto: reprodução/ redes sociais
Foto: reprodução/ redes sociais

 

A Polícia Federal confirmou a liberação, entre os presos por participação nos atos antidemocráticos de domingo (8), de idosos, pessoas com comorbidades e responsáveis por crianças.  O grupo é integrado por presos em flagrante na ocupação e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.

Na segunda-feira (9/1), uma operação do Exército  e da Polícia Militar do Distrito Federal retirou cerca de 1,4 mil radicais acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Eles foram levados à Academia da Polícia Federal, onde foram ouvidos,  e depois uma parte foi encaminhada ao presídio da Papuda e à Penitenciária Feminina do DF, apelidada de Abelhão. Nesta terça-feira (10), encontram-se nas prisões 277 suspeitos – 149 homens e 128 mulheres.

Em reação a prisões, um grupo de deputados do PL – partido do ex-presidente Jair Bolsonaro – anunciou que iria ao Ministério dos Direitos Humanos e à Defensoria Pública da União. Uma das denúncias diz respeito à falta de comida e de água para os detentos. Há também relatos da morte de uma idosa presa, negada pela PF.

Defesa da vida

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania relatou que está em contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a qual a PF é vinculada, a fim de monitorar a situação dos presos “após as arruaças que se deram em Brasília no último domingo (8)”.

A pasta destaca que atua “em defesa da vida, da memória e da justiça social” e “expressa preocupação com todas as pessoas deste país que se encontram presas, dentro das dificuldades e desumanidades encontradas na situação prisional brasileira – sem exceção”.

Sobre o episódio de domingo, o MDHC frisa que “alinha-se totalmente à postura adotada pelo presidente da República e pelos chefes dos demais poderes no sentido de dar aos atos golpistas – e à frustrada tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito – o mais rigoroso tratamento, nos termos da Lei e da Constituição Federal”. Com informações do Metrópoles.

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