Publicado em 15/09/2016 às 14h59.

Bahia pode aderir à decretação de calamidade

Solidária aos vizinhos, a Bahia deve fazer eco à gritaria dos estados do Norte e Nordeste que reivindicam liberação de recursos federais para enfrentar a grave crise financeira

Blog do Levi
Foto: Ivan Erick/AGECOM
Foto: Ivan Erick/AGECOM

 

Nos últimos dois anos a Bahia registrou queda de 14% nas transferências da União. A redução afetou investimentos, levando o governo a priorizar a continuidade de obras já em andamento. O Estado também registra queda na arrecadação de tributos, com um volume de R$ 9,8 bilhões até junho, nível de 2014, segundo dados da Secretaria da Fazenda.

Os gastos com a folha de pessoal também avançaram, alcançando o limite prudencial, atingindo 47,7% da receita corrente líquida, razão que levou o governo a negar reajustes salariais a diversas categorias.

Apesar disso, a Bahia ainda encontra-se em situação financeira mais confortável do que seus vizinhos. Mesmo assim, o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, não descarta a possibilidade de o Estado fazer eco à gritaria geral dos governadores do Norte e Nordeste que reivindicam tratamento semelhante ao que foi dispensado ao Rio de Janeiro – alegando crise financeira, governo fluminense decretou estado de calamidade e acabou obtendo ajuda federal. Vale lembrar que o grito de socorro “coincidiu” com o período de realização dos Jogos Olímpicos, o que pode ter ajudado a destravar os cofres da União.

Manoel Vitório entende que a situação é crítica e a Bahia deve ser solidária com os demais estados, decretando também a calamidade. Diz que, quando o  Estado deixa de cumprir suas obrigações de prover serviços essenciais, a paz social fica ameaçada.

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