Publicado em 20/03/2020 às 22h20.

Bolsa Família: gestores nordestinos pedem reunião com ministros

Os nove gestores do Consórcio Nordeste se reuniram à distância nesta sexta-feira (20) e criticaram cortes no programa federal

Redação
Foto: Divulgação/GOVBA
Foto: Divulgação/GOVBA

 

Em reunião à distância, realizada na manhã desta sexta-feira, os nove governadores do Consórcio Nordeste deliberaram um documento, que será encaminhado à Brasília, onde questionam a suspensão dos cortes do programa federal Bolsa Família. O encontro online contou com a participação do vice-presidente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa.

“Não justifica, neste momento de calamidade que nós estamos vivendo, o Governo Federal, só no Nordeste, cortar 96 mil benefícios só neste mês. É preciso ter alguma sensibilidade social e proteger as pessoas mais pobres”, afirmou o governador da Bahia e presidente do Consórcio, Rui Costa (PT), em suas redes sociais logo após o “encontro”. O governo Bolsonaro anunciou, também hoje, que cortou 96.861 benefícios do Bolsa Família no Nordeste – Bahia foi o segundo estado mais atingido.

Ainda de acordo com o gestor baiano, os gestores nordestinos vão fortalecer o pedido dos 27 governadores do Brasil para reunirem, pelo menos, com dois ministros de estado, especificamente os da pasta de saúde, Luiz Mandetta, e de economia, Paulo Guedes, para que os estados possam adotar as medidas cabíveis diante da crise agravada pela pandemia

Saúde
Quanto à pandemia do novo coronavírus, Jarbas Barbosa contribuiu falando de suas experiências e possibilidades de soluções conjuntas frente ao controle do contágio da doença, que vem assolando o mundo.

Questionando sobre a possibilidade de isolamento total, Barbosa explicou sobre a importância das medidas adotadas por cada governo serem sustentáveis, já que o prazo ainda é incerto e o impacto social econômico pode ser muito grande.

“Não temos uma prescrição objetiva, mas seguramente, os estados que não tem transmissão comunitária, se começarem a tomar a medida de distanciamento social muito rígida, podem não sustentar por muito tempo. Por outro lado, se deixa pra fazer no pico, pode ter hospitais e UTIs sobrecarregados demais”, defendeu o médico.

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