Publicado em 12/06/2023 às 11h25.

Bruno diz que reonerar diesel é ‘equívoco’, mas defende cautela sobre proposta do governo Lula

Para o prefeito, é preciso conhecer 'efetivamente' o projeto para avaliar se é 'medida positiva' ou 'algo que vai agravar ainda mais a crise do transporte'

Gabriela Araújo / Jamile Amine
Foto: Gabriela Araújo / bahia.ba

 

Ao comentar a proposta do governo federal que prevê antecipar a reoneração dos combustíveis para bancar o programa de estímulo à renovação do setor automotivo, o prefeito Bruno Reis (UB) classificou a tributação do diesel como “um equívoco”, mas defendeu cautela para analisar o impacto real do projeto.

“A gente tem que ver qual é a proposta concreta. Mas, onerar o óleo diesel, que é o principal componente do transporte público, é um equívoco”, declarou o gestor municipal nesta segunda-feira (12), durante lançamento do programa Nossos Talentos, no Teatro Gregório de Mattos, em Salvador.

“O que a gente está buscando é a desoneração, que impostos como o ICMS e outros que incidem na cadeia do transporte público, em especial o federal PIS e Cofins, possam ser zerados como nós zeramos aqui o ISS. Pra permitir que o transporte público, em especial em pneus, possa ficar de pé, possa ser auto sustentável”, argumentou o prefeito, destacando que atualmente o sistema depende de aporte governamental para se manter.

Segundo Bruno Reis, as prefeituras, que já têm subsidiado o transporte de ônibus em todas as cidades do Brasil, não possuem condições de “assumir mais essas atribuições”. “Então, a gente espera que o governo federal e o governo do estado tenham essa sensibilidade, tenham a exata compreensão da gravidade do momento”, pontuou o chefe do Executivo municipal, segundo o qual, as marchas de junho só não se repetiram por conta das intervenções dos prefeitos.

“Só não ocorreu cenas como aquela lá de 2013, que vcs lembram que o país parou por causa de reajuste de R$ 0,20, porque a diferença entre a tarifa técnica, a tarifa real, e a tarifa cobrada pela população, quem vem pagando são as prefeituras do Brasil”, argumentou Bruno.

“Então, vamos ver qual é a proposta do governo, efetivamente, para a partir daí a gente poder avaliar e se posicionar se é uma medida positiva ou se é algo que vai agravar ainda mais a crise do transporte público em todo Brasil”, ponderou o prefeito de Salvador.

 

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