Publicado em 26/10/2016 às 17h49.

Cacá nega retaliação do PP a Rui em votação da PEC 241

Deputado federal afirma que bancada seguiu orientação nacional do partido e admite ser “ideologicamente” favorável ao teto do aumento de gastos públicos

Evilasio Junior
Foto: Bruno Concha/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Bruno Concha/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O deputado federal Cacá Leão, dirigente do PP baiano e filho do presidente estadual do partido e vice-governador João Leão, negou que a sigla usou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 para retaliar o governador Rui Costa (PT).

Assim como os legisladores do PSD e do PR, todos os quatro parlamentares baianos da legenda foram favoráveis à medida, que estabelece como teto para o aumento de gastos públicos a inflação do ano anterior, por um período de 20 anos – o que é condenado pelos petistas.

Segundo Cacá, apesar da insatisfação dos seus correligionários à forma como o Palácio de Ondina tem tratado os aliados, não houve pacto ou fechamento de questão entre ele, Mário Negromonte Júnior, Ronaldo Carletto e Roberto Britto.

“Não tem nada a ver com o PP da Bahia e sim com o nacional. Primeiro é a questão partidária e segundo a ideia que cada um tem do projeto. Eu, particularmente, sou favorável ideologicamente à PEC. O país precisa enxugar a máquina. Essa história de corte de investimento é falácia. Não dá para falar em crescimento com a curva de nível que o Brasil vive hoje. Você tem que enxugar para poder mudar a forma de crescer. Se não travar agora, a gente vai virar uma Grécia”, argumentou o deputado, em entrevista ao bahia.ba, ao pontuar que a PEC pode sofrer alterações antes do tempo estimado, já que “a competência de legislar sobre isso é do Congresso”.

Segundo o pepista, Rui não fez qualquer orientação à bancada. “O governador não interfere em matérias em nível nacional. Em nenhum momento ele fez nenhum tipo de recomendação. Geralmente, ele só reúne os deputados quando há assuntos que sejam de interesse do Estado da Bahia”, contou.

Ele também avaliou como “normal” o fato de Rônei Nemer (DF) não ter seguido a cartilha do PP na votação.

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