Publicado em 11/04/2016 às 17h44.

Calo de Wagner, Bacelar define impeachment: ‘Reação conservadora’

Ex-aliado de ACM Neto, João Carlos Bacelar rompeu com o prefeito de Salvador em janeiro de 2015 por insatisfação com espaço na gestão soteropolitana

Rodrigo Aguiar
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Foto: Divulgação

 

Crítico ferrenho do PT até o começo de 2015 e opositor do governo Jaques Wagner, o deputado federal João Carlos Bacelar (PTN), integrante da comissão especial do impeachment, afirmou na tarde desta segunda-feira (11) que o processo de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff é uma obra das “forças conservadoras”.

“Toda vez que se tenta diminuir as desigualdades sociais, as forças conservadoras reagem. Eles não admitem as cotas, os programas de financiamento para que o filho do trabalhador possa entrar na universidade, o Minha Casa, Minha Vida”, disse Bacelar, cujo partido é cotado para assumir algum ministério, em meio às negociações do governo federal para conseguir votos contra o impeachment.

Cacique do PTN baiano, Bacelar foi aliado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), até janeiro de 2015, quando rompeu com o democrata. Na época, o PTN se mostrava insatisfeito com o espaço na gestão soteropolitana e passou a apoiar o governo Rui Costa (PT), que colocou a sigla no comando do Detran.

Segundo Bacelar, não há crime de responsabilidade que justifique a saída de Dilma. “Não vamos permitir a banalização do impeachment nem esta agressão à democracia brasileira”, discursou na comissão. Seu suplente na comissão, o deputado Aluisio Mendes (PTN-MA) também se posicionou nesta segunda contrário ao impeachment e disse, com direito a uma piscadela, que tem sofrido pressão até de familiares para votar pelo impedimento, inclusive da sua mulher.

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