Publicado em 17/05/2016 às 20h40.

Câmara elege envolvido na Lava Jato para presidir Orçamento

O deputado Arthur Lira (PP-AL) foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras

Redação
Acordo costurado entre os partidos da base aliada do presidente Michel Temer elegeu Athur Lira por aclamação (Foto: Lúcio Bernardo Júnior/Agência Câmara)
Acordo costurado entre os partidos da base aliada do presidente Michel Temer elegeu Athur Lira por aclamação (Foto: Lúcio Bernardo Júnior/Agência Câmara)

 

Apontado por prática de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi eleito nesta terça-feira (17) para presidir a Comissão Mista do Orçamento (CMO). Ele foi  denunciado, em setembro do ano passado, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusado de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

A eleição ocorreu por aclamação, resultado de acordo costurado entre partidos da base aliada do presidente da República interino, Michel Temer (PMDB-SP), para que o comando da CMO ficasse com o PP. Pelo acordo, Sergio Souza (PMDB-PR), que também pleiteava a presidência do colegiado, ficou com a 2ª vice-presidência.

A 1ª e a 3ª vices serão eleitas em outra data, pois ainda não há indicação. As duas vagas serão ocupadas este ano por senadores. A Comissão de Orçamento possui 41 membros titulares (31 deputados e 10 senadores) e igual número de suplentes.

Meta Fiscal – Lira já presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. Ao assumir a CMO, pretende dar celeridade à votação do projeto de lei que revisa a meta fiscal de 2016 e autoriza ao governo federal terminar 2016 com um déficit de R$ 96,65 bilhões. A discussão da proposta deve ter início já nesta quarta (18).

Inicialmente, a equipe econômica da presidente afastada, Dilma Rousseff, havia previsto um superávit primário de R$ 30,6 bilhões para o setor público, dos quais R$ 24 bilhões para o governo federal. Posteriormente, enviou o projeto de lei que altera a meta para autorizar o rombo de R$ 96,65 bilhões.

Arthur Lira disse que o deputado que for escolhido para ser o relator do projeto deverá se reunir com a equipe econômica do governo de Michel Temer para “adequações” do valor do déficit, já que a previsão é de que o rombo seja ainda maior do que os R$ 96,65 bilhões previstos por Dilma. (Com informações do G1)

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