Publicado em 12/05/2016 às 16h20.

Câmara está ‘acomodada’ com Maranhão na presidência, diz Aleluia

Aliados de Temer aumentam pressão por eleições para a presidência da Câmara; deputado do Democratas diz que "parte ligada a Cunha" trabalha contra

Rodrigo Aguiar
Waldir Maranhão em coletiva sobre anulação da tramitação do impeachment (Foto: J. Batista/ Agência Câmara)
Foto: J. Batista / Agência Câmara

 

Aliados do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) aumentam a pressão para a realização de eleições para a presidência da Câmara, ocupada interinamente pelo deputado Waldir Maranhão (PP-MA) após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o baiano José Carlos Aleluia (DEM), predomina na Casa uma espécie de “acomodação” por parte dos parlamentares, o que beneficiaria a Cunha. Partidos do chamado “centrão” têm defendido alternativas que permitiriam a permanência de Maranhão na chefia do Legislativo, como a condução dos trabalhos por outros integrantes da Mesa Diretoria.

“Tem uma parte muito ligada a Eduardo Cunha, que não quer confrontar, e uma parte que não quer se indispor com a parte de Cunha. A Câmara vive um momento inadequado de apaziguamento”, disse Aleluia ao bahia.ba.

De acordo com o parlamentar, a continuidade do presidente interino seria um “desrespeito” à decisão do STF de afastar Cunha. “Tem que ser declarada a vacância. A interpretação tem que ser essa. Caso contrário, estamos diminuindo o significado do Poder Legislativo”, declarou o democrata, ao lembrar que o presidente da Câmara é o primeiro na linha sucessória da Presidência da República, ocupada por Temer com o afastamento de Dilma Rousseff. Ainda mantido na residência oficial, Cunha tem recebido muitos deputados e participa ativamente de articulações.

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