Publicado em 14/06/2021 às 16h06.

Carlos Andrade diz que não quer nem pensar em terceira onda

"Seria desastroso. Fechar o comércio é a solução? Acho que não"

Levi Vasconcelos

Rui Costa já externou sua imensa preocupação: os hospitais estão com níveis de ocupação em torno de 85%, pertinho do limite, e se o trio Corpus Christ, Santo Antônio e São João ajudar a vitaminar a Covid, será uma terceira onda devastadoramente trágica.

E como Carlos Andrade, presidente da Fecomércio da Bahia, vê a situação? Ele diz que nem gostaria de imaginar um cenário destes.

— Seria desastroso. No ano passado, só começamos a dar algum suspiro em setembro, outubro. Apostamos no Natal. Foi 40% ou 50% a menos. Lutamos pela saúde, mas também para preservar empresas e empregos. Fechar o comércio é a solução? Acho que não.

No limite

Diz Andrade que o governo anuncia programas disponibilizando bilhões para o empresariado, mas não hora que se vai conferir, o dinheiro não chega na ponta.

— Os pequenos, donos de bares e restaurantes, são os que sofrem mais. Agora, imagine você que o cidadão vai no banco tomar R$ 5 mil ou R$ 10 mil e não pode sacar porque está com as contas de luz atrasadas. Dizem que banco não tem coração, tem cofre. É isso aí.

A convite dos deputados baianos Otto Aelncar Filho (PSD) e Zé Neto (PT), ele foi à Comissão de Direitos Econômicos da Câmara dos Deputados, quando deu o recado de que é o sentimento geral:

— O governo federal errou feio na questão das vacinas. Não dá para pagarmos essa fatura.

Só faltou perguntar: e sobra para a gente?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.