Publicado em 08/03/2021 às 16h04.

Com Wagner, o PT demarca território para 2022. Garante a cabeça de chapa

Demarcação de território para o PT. Melhor dizendo: está avisando que em 2022 o partido quer a cabeça da chapa que sempre teve

Levi Vasconcelos
Foto: Mateus Soares/ bahia.ba
Foto: Mateus Soares/ bahia.ba

 

Jaques Wagner já disse e reafirmou: é candidato ao governo em 2022. E alguns leitores nos perguntam: com tanto tempo de antecedência dá para levar a sério?

Sim, mas a resposta embute outra pergunta: por que ele faz isso agora?

Simples. Demarcação de território para o PT. Melhor dizendo: está avisando que em 2022 o partido quer a cabeça da chapa que sempre teve, com o próprio Wagner em 2006 e 2010 e com Rui Costa em 2014 e 2018.

Óbvio que o cenário confuso de agora força a situação. Nas vezes em que o PT venceu com Wagner e Rui, o partido surfava no plano federal com Lula lá, e depois com Dilma. O único a vencer na história recente sem uma boa conexão federal foi Rui Costa em 2018, com a ressalva: mas também ninguém tinha.

Embolada

A questão do ponto de vista governista é como arrumar a casa. Rui Costa também admite a possibilidade de entrar na disputa presidencial, mas o que se diz no entorno é que ele fica no governo até o fim. E aí entra outro nó a desatar. Hoje, o PT governa com um tripé que tem Otto Alencar (PSD) no Senado e João Leão (PP) na vice-governadoria.

Em 2022, o mandato de Otto acaba, e ele pode disputar a reeleição; mas o de Leão acaba também, e ele, já reeleito, só tem o Senado se for para ficar na mesma chapa.

Seja como for, é cedo. Os links federais que muito importam ainda são confusos para todos (ACM Neto incluso).

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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