Publicado em 23/04/2017 às 07h50.

‘Conheço muitos políticos que não se serviam do Caixa 2’, diz Temer

O presidente afirmou ainda, em entrevista à agência EFE, que a prática irrestrita do esquema é apenas uma opinião do Grupo Odebrecht

Redação
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Foto: Divulgação

 

O presidente Michel Temer disse nesse sábado (22) que a prática irrestrita do Caixa 2 nas eleições brasileiras não passa de uma “opinião” do Grupo Odebrecht. Em entrevista à agência EFE, o peemedebista afirmou: “Acho que é uma opinião. A Odebrecht é que acha que todos os políticos se serviram do caixa 2. Aliás, ao assim se manifestarem, dizem que eles são os produtores do caixa 2. Eu conheço muitos políticos que não se serviam do Caixa 2 para se eleger”.

O presidente citou ainda o seu partido, o PMDB, como símbolo de idoneidade, livre de Caixa 2 durante pelo menos 15 anos, período em que ele foi presidente da legenda. “Eu fui presidente de um partido, o maior partido do país, durante 15 anos, e as contribuições chegavam oficialmente pelo partido”, disse.

Sobre o corte de ministros por envolvimento em esquemas de corrupção, o presidente explicou seu método: “Quando um delator fala, há o início de um processo que ainda nem é um processo judicial. Muitas vezes é um inquérito de natureza administrativa. Depois pode dar-se a hipótese do inquérito judicial, e depois é que o Ministério Público vai verificar se denuncia ou não. E o Judiciário vai dizer se recebe ou não a denúncia”, disse.

E concluiu: “Quando alguém é denunciado pelo Ministério Público eu afasto provisoriamente o ministro. Se depois a denúncia for aceita [pelo Judiciário] eu afasto definitivamente”.

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