Publicado em 16/08/2016 às 16h22.

Dilma anuncia ‘apoio irrestrito’ a plebiscito para novas eleições

Em mensagem ao Senado e à população, presidente afastada defende a construção de um pacto nacional para "pacificação do país" e reafirma que não cometeu crime de responsabilidade

Rodrigo Aguiar
(Foto: Jose Cruz/Agencia Brasil)
Foto: Jose Cruz / Agência Brasil

 

A pouco mais de uma semana do início do seu julgamento final no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (16) o seu “apoio irrestrito” à convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a realização de eleições antecipadas e reforma política.

Segundo a petista, é necessário um pacto nacional para “a pacificação do país e o desarmamento dos espíritos”. “Entendo que a solução passa pelo voto popular, em eleições diretas. A democracia é o único caminho para sairmos da crise. Por isso, a importância de assumirmos um compromisso com o plebiscito e pela reforma política”, afirmou Dilma, em mensagem ao Senado e à população.

A petista voltou a dizer que não cometeu crime de responsabilidade e que, caso consumada a sua perda do mandato, haverá um “golpe de Estado” no país.

“No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um presidente. Não houve crime de responsabilidade, não é legítimo afastar chefes de Estado ou governo pelo conjunto da obra. Só o povo pode fazer isso, nas eleições”, declarou.

No pronunciamento, Dilma admite que cometeu erros. “Tive oportunidade de ouvir críticas duras ao meu governo e [em relação a] medidas não adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para construirmos um novo caminho”, disse.

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