Publicado em 29/01/2020 às 08h31.

Distribuição de recursos de comunicação sob Bolsonaro será analisada pelo TCU

Órgão vai apurar se há dinheiro público destinado para calar veículos, com possíveis impactos à liberdade de imprensa

Redação
Foto: Reprodução/Instagram
Fabio Wajngarten e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Após revelação de que o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, recebe, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria pasta, o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu analisar em um capítulo exclusivo, na prestação de contas anual do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a aplicação de recursos públicos na área de comunicação social.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha, a ideia é verificar se dinheiro público está sendo usado para calar veículos, com possíveis impactos à liberdade de imprensa.

Relatórios do TCU mostram que a TV Record, por exemplo, recebeu um percentual maior de verbas de publicidade no ano passado, enquanto a TV Globo viu os recursos diminuírem. Edir Macedo, dono da Record, apoiou a candidatura de Bolsonaro a presidente. Já a Globo é tratada por ele como inimiga.

De acordo com a publicação, será a primeira vez que os investimentos em comunicação serão analisados no âmbito da atuação direta do presidente da República —num entendimento de que é ele o responsável pela política adotada e pelos investimentos feitos por seu governo em veículos de comunicação.

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