Publicado em 31/12/2021 às 10h30.

E lá se foi 2021, com a velha política dando as cartas. Que jeito? 2022 tá aí

O velho jogo político que vai ser jogado em 2022 vai produzir algo diferenciado na história do Brasil, entre três possibilidades

Levi Vasconcelos
Imagem: O Globo/reprodução
Imagem: O Globo/reprodução

 

Até se pensou que na tragédia das enchentes baianas, um indigesto presente de Natal que marca 2021, vimos a sublimação do jogo político, colocar o interesse público acima de quaisquer outros, algo exposto no encontro entre Rui Costa, o governador baiano, e os ministros de Bolsonaro João Roma (Cidadania), Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher). Contrários unidos pelo bem comum.

No caso em apreço, das duas uma: ou era jogo de cena ou a alegria durou pouco. O apoio argentino recusado por Bolsonaro foi pedido pelo próprio Rui, que até agradeceu. Esse mesmo Bolsonaro que ano passado pediu ajuda a Israel contra a Covid. Claro, é a tal picuinha, o velho normal que emporcalha o jogo político.

A diferença

Mas é esse velho jogo que vai ser jogado em 2022, e ele com certeza vai produzir algo diferenciado na história do Brasil, entre três possibilidades.

1 — Bolsonaro se reelege apesar de acumular altos índices de rejeição nas pesquisas que os aliados dele tanto desqualificam, mata a eleição e desmoraliza os institutos.

2 — Lula, o único presidente em 522 anos de história do Brasil a ser preso acusado de corrupção, volta nos braços do povo, também para ser único a se eleger três vezes.

3 — A terceira via, com Sérgio Moro, Ciro Gomes e cia., produz o improvável, rouba a cena tomando a pole.

Claro que tudo isso vai se configurar com o tempero fedorento da velha política.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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