Publicado em 08/03/2022 às 12h48.

E não é que 2022 reedita 2018? A diferença fica com as bolas trocadas

Wagner faz agora o que ACM Neto fez em 2018? É essa a leitura

Levi Vasconcelos
Foto: Manu Dias/Gov-BA
Foto: Manu Dias/Gov-BA

 

Ruy Barbosa já dizia: “quando você vir o seu adversário lhe elogiando, pare, reflita, que alguma bobagem você está fazendo.” O pessoal de ACM Neto não elogiou a embolada na banda governista. Soltou foguetes.

A entrevista que Jaques Wagner deu ontem a Mário Kértesz, na Metrópole, foi bombástica. A banda governista mostrou-se desarticulada, sem nomes, tendo que inventar um do PT da noite para o dia, como num passe de mágica.

E pior. Entre os citados estão Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, que em 2018 se reelegeu deputado federal, mas não pôde assumir por estar com a ficha suja; e Jerônimo Rodrigues, secretário da Educação, é desconhecido do povão. Resta Moema Gramacho, a prefeita de Lauro de Freitas. Tem ela capilaridade estadual para peitar ACM Neto, um opositor muito competitivo?

Coincidências

Olhando bem, até parece que 2022 reedita 2018, mas com as bolas trocadas. Lá atrás, Neto, então prefeito de Salvador, deixou rolar o tempo inteiro que ele seria candidato ao governo. Desistiu no último minuto do último dia possível. Zé Ronaldo, ex-prefeito de Feira, entrou em cena de supetão, foi um vexame.

Agora, Jaques Wagner apareceu o tempo inteiro como candidato, e de repente surpreende ao desistir já na reta de chegada. E também pior, sem ter nomes previamente preparados. Se der Moema, o ciclo se fecha. A única diferença é que Zé Ronaldo não tinha ninguém, e ela tem o amigo Lula. Isso basta?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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