Publicado em 18/10/2019 às 12h06.

Entre Nazaré e Itacaré, mais em Valença, mega mina de alumínio

Até hoje se diz que o baixo sul é uma área onde não corre dinheiro, mas corre comida. Será que vão correr os dois?

Levi Vasconcelos
Imagem: reprodução/TV Band Bahia
Imagem: reprodução/TV Band Bahia

 

O geólogo João Cavalcanti (foto), tido como o mago da mineração na Bahia, anunciou ontem que descobriu uma mega reserva de alumínio entre Nazaré e Itacaré, ou seja, do sul do Recôncavo ao norte da região cacaueira, passando por todo o baixo sul.

Segundo ele, a concentração é maior entre Nazaré e Valença, mas no conjunto, a reserva é respeitável: conforme as estimativas iniciais, algo que oscila entre 500 milhões a 1 bilhão de toneladas. Uma equipe de geólogos está na área fazendo estudos.

Na cara

Cavalcanti diz que a descoberta foi por mero acaso. Transitando pela BA-001, que interconecta Nazaré a Ilhéus, passando pelo baixo sul (Valença, Taperoá, Nilo Peçanha, Cairu, Ituberá, Igrapiúna, Camamu e Maraú), observou que nos cortes da estrada havia algo muito parecido com bauxita.

— Ora, bauxita é alumínio. Mandei estudar, e bingo! É bauxita mesmo.

Ele afirma que pelas circunstâncias da região, a jazida é algo como uma galinha dos ovo de ouro:

— Fica entre o Porto Sul, em Ilhéus, e o Porto de Aratu, em Salvador. A área é altamente antropiziada (muito mexida por humanos), grande parte é de pastos. E de quebra, a rede de alta tensão passa bem em cima, o que significa facilidade com a energia.

Até hoje se diz que o baixo sul é uma área onde não corre dinheiro, mas corre comida (por causa dos manguezais). Será que vão correr os dois?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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