Publicado em 12/01/2023 às 18h54.

Ex-ministro alega que minuta do golpe seria usada só para criar narrativa

Polícia achou na casa de Anderson Torres um plano para mudar resultado da eleição presidencial de 2022 decretando Estado de Defesa no TSE

Redação
Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília
Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília

 

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou nesta quinta-feira (12) que a minuta do plano de um golpe encontrada pela Polícia Federal na residência dele tinha o objetivo apenas de alimentar uma narrativa. A proposta, afiançou, seria descartada antes da sua implantação.

A ideia visava decretar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra as eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo presidente Lula. A minuta, de acordo com o colunista Guilherme Amado (Metrópoles) teria sido escrito a mão.

“No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil”, disse o ex-ministro nas redes sociais. Em sua defesa, Torres afirma que a minuta com uma proposta de decreto para instaurar um estado de garantia para rever o resultado das eleições presidenciais de 2022  foi apreendida quando ele não estava em casa e o documento foi “vazado fora de contexto” em reportagem da Folha de S. Paulo que denunciou o caso.

Após deixar o governo federal, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Em razão dos atos antidemocráticos de domingo (8), o ex-ministro foi exonerado do novo cargo e teve sua prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira (10), pelas redes sociais, Torres – que estava em viagem de férias nos Estados Unidos – prometeu retornar ao Brasil e se apresentar à PF, decisão não cumprida até o fechamento desta matéria.

 

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