Publicado em 18/02/2016 às 11h48.

Ex-namorada de FHC diz que ele usou empresa para mandar dinheiro

Mirian Dutra Schmidt afirma que "jamais pisou" em um duty free para trabalhar e que o contrato era um instrumento fictício para justificar legalmente o repasse de recursos

Redação
Foto: Reprodução Twitter
Foto: Reprodução Twitter

 

A jornalista Miriam Dutra Schmidt resolveu quebrar o silêncio sobre o relacionamento extraconjugal que manteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entre as décadas de 1980 e 1990. Em entrevista à Folha, ela afirmou que FHC usou uma empresa para bancá-la no exterior. Por meio de documentos, ela comprovou que teve um contrato de “serviços de acompanhamento e análise do mercado de vendas e varejo a viajantes”, em que fazia pesquisas para lojas convencionais e para duty free shops e tax free shops em países da Europa.

No entanto, Miriam diz que “jamais pisou” em um duty free para trabalhar, e que o contrato era apenas um instrumento fictício para justificar legalmente o repasse de recursos para o sustento de Thomas Dutra, filho que alega ser de FHC, embora o exame de DNA ateste o contrário.

A jornalista era contratada da Globo em Portugal e justificou ter precisado de dinheiro por ter sofrido um corte de 40% no salário em 2002. Endividada, recebeu a oferta do contrato para complementar a renda. Dois anos depois do fim da vigência, ela disse que FHC a revelou ter depositado US$ 100 mil na conta da Brasif no exterior para que a empresa repassasse o valor mensal a ela.

Jonas Barcellos, dono da Brasif, não nega o acerto, mas afirmou à Folha que não se lembra dos detalhes do acordo. FHC já admitiu manter contas no exterior para mandar dinheiro para Thomas, mas nega ter usado a empresa para bancar sua ex-namorada.

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