Publicado em 04/04/2016 às 11h25.

Executivo que estava foragido é transferido para Curitiba

Luiz Eduardo da Rocha Soares é executivo da Odebrecht e foi transferido para a carceragem da Polícia Federal no Paraná no sábado

Redação
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

 

O executivo da Odebrecht Luiz Eduardo da Rocha Soares, que foi alvo da 26ª fase da Lava Jato, e que estava foragido no exterior, já está na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde sábado (2). Conforme a PF, Soares estaria nos Estados Unidos, e foi preso assim que chegou ao Brasil, no dia 30 de março. A Polícia não informou a cidade onde o investigado foi preso.

A Operação Xepa, faz parte da 26ª fase da Lava Jato, deflagrada no dia 28 de fevereiro. A Xepa é um desdobramento da operação Acarajé, da 23ª fase da investigação, que atingiu o publicitário João Santana e sua mulher e sócia, Monica Moura. O casal trabalhou em campanhas eleitorais da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A força-tarefa da Operação Lava Jato também investiga uma “estrutura secreta” do Grupo Odebrecht usada para “pagamentos ilícitos”. Além disso, a PF investiga os indícios de que a Odebrecht possuía um departamento responsável por fazer pagamentos de vantagens indevidas a servidores públicos em razão de contratos firmados pela empresa.

A missão desse departamento, chamado de “Setor de Operações Estruturadas”, era viabilizar, mediante pagamentos paralelos, atividades ilícitas realizadas em favor da empresa, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).

O setor tinha um sistema informatizado próprio utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas, ainda de acordo com o MPF.

As apurações apontam ainda que ao menos 14 executivos de outros setores da Odebrecht, que demandavam os “pagamentos paralelos”, encaminhavam aos funcionários as solicitações de pagamentos ilícitos, de forma a centralizar nessa estrutura a contabilidade paralela e a entrega dos valores espúrios.
A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a PF, estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertencente à contabilidade paralela da empresa.

Com informações do G1.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.