Publicado em 22/08/2019 às 11h17.

Feira tem hoje 11 pré-candidatos a prefeito. Como Salvador, é uma tempestade

Tido como o grande cabo eleitoral em Feira, Zé Ronaldo (DEM) está calado. Ainda

Levi Vasconcelos

Já que 2022 passa necessariamente por 2020, por força do calendário e também do ritual político, tudo o que a base de Rui Costa mais quer agora é retomar o comando das três maiores cidades da Bahia, Salvador com ACM Neto, Feira de Santana com Colbert Martins (MDB) e Vitória da Conquista com Herzém Gusmão (MDB), todas em mãos da oposição.

Quando essa situação se configurou, em 2016, Salvador e Feira ficaram com um tic bastante assemelhado (adiante chegaremos em Conquista): na capital, ACM Neto, prefeito bem avaliado; na Princesa do Sertão, Zé Ronaldo idem, idem. Em 2018, Neto não quis renunciar para disputar o governo, mas Ronaldo topou. Colbert Martins, o vice, assumiu. Hoje, nas duas, chove candidatos a prefeito.

Os nomes

Ronaldo passou o bastão para Colbert, que não vai lá tão bem, mas vislumbra dar a virada com R$ 130 milhões que está tomando de empréstimo na Caixa. Enquanto isso não acontece, 12 nomes pululam na mídia como prefeituráveis:

Além de Colbert, o governista Zé Neto (PT), que irá para sua 6ª tentativa; o deputado estadual Targino Machado (DEM); a federal Dayane Pimentel; Jonathas Monteiro (PSOL); Rafael Cordeiro (Novo); Carlos Geilson (ainda no PSDB), mas vai mudar; Roberto Tourinho (PV); Angelo Almeida (PSB) e João Henrique ou Rei Nelsinho (PRTB). É muito candidato para uma Princesa só, mas é assim que a banda está tocando.

Ronaldo na moita

Tido como o grande cabo eleitoral em Feira, Zé Ronaldo (DEM) está calado. Ainda.

Pergunta feita a ele:

— Quem é o seu candidato a prefeito?

— Adiante a gente conversa. Você vai ser o primeiro a saber.

— E o senhor se arrependeu de ter renunciado à Prefeitura para disputar o governo?

— Na conversa de adiante eu lhe conto tudo.

Como sempre, mantendo a linha. Falou e não disse.