Publicado em 19/11/2025 às 18h45.

Felipe Freitas detalha comitê que vai monitorar mortes em operações policiais

Secretário também destacou o papel das câmeras corporais

Luana Neiva / André Souza
Foto: Carolina Papa/Bahia.ba

 

Após o governador Jerônimo Rodrigues (PT) instalar o comitê que vai monitorar todas as mortes decorrentes de ações policiais na Bahia, o secretário de Segurança Pública, Felipe Freitas, detalhou a função do novo órgão em entrevista ao bahia.ba nesta quarta-feira (19).

“As operações policiais, elas precisam cada vez mais ser efetivas no sentido de produzir prisões, de produzir apreensões de materiais ilegais, de serem resultados de investigação e de inteligência. Essa é a aposta do governo do Estado. Todas as vezes que numa operação policial há uma pessoa morta, seja ela policial, seja ela não policial, a gente tem uma tragédia, tem um problema que a gente precisa enfrentar. Nós queremos produzir operações policiais com alta qualidade, sem deixar pilhas de corpos pelo chão. Essa é a estratégia, a decisão, a orientação do governador Jerônimo Rodrigues”, afirmou Freitas.

O secretário também destacou o papel das câmeras corporais para dar mais segurança jurídica aos agentes e transparência às ações.

“E para produzir isso a gente tem que qualificar, proteger, valorizar os policiais e isso se faz de várias maneiras, inclusive com o uso da tecnologia. As câmaras corporais são umas aliadas nossas no sentido de garantir a proteção do policial, que muitas vezes é vítima de acusações infundadas. A declaração do policial é difícil de ser provada por conta das características da atividade, e com as câmeras a gente vai ter mais transparência e mais proteção para todo mundo”, continuou ele.

Por fim, sobre o comitê, Felipe Freitas explicou que ele é formado por todas as forças de segurança e servirá tanto para aprimorar técnicas e tecnologias quanto para acompanhar metas de redução da letalidade.

“Ali o que é que vai se produzir? Vai se produzir, por um lado, o aprimoramento do trabalho da polícia, ou seja, qual é a nova técnica que a polícia tem que utilizar, qual é a nova tecnologia que a polícia tem que contratar, quais são os novos planejamentos que precisam ser feitos e, ao mesmo tempo, vão monitorar os resultados. O plano tem metas, metas de qualificação, metas de publicação de protocolo, metas relacionadas, inclusive, à redução efetiva da letalidade policial, e mês a mês, semana a semana, esse coletivo, que é o comitê, vai se reunir, vai observar o atingimento ou não dessas metas e vai entender quais são as medidas que precisam ser anotadas para corrigir, garantindo produtividade policial, ou seja, enfrentamento ao crime organizado e, ao mesmo tempo”, finalizou.

Luana Neiva
Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Secom e Texto&Cia.

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