Publicado em 27/11/2018 às 16h38.

Hélio Ferreira: ‘Força do sindicato’ provocou recuo na retirada de linhas

Categoria se reuniu com governo para discutir remanejamento de linhas de ônibus que fazem mesmo trajeto do metrô em Salvador

Juliana Almirante
Foto: Matheus Morais/ bahia.ba
Foto: Matheus Morais/ bahia.ba

 

Liderança do Sindicato dos Rodoviários, vereador Hélio Ferreira (PCd0B), acredita que a categoria conseguiu um recuo após a reunião com a Casa Civil do governo estadual, que mostra a “força” sindical.

“Esse recuo foi a força do sindicato e da categoria, que fez essa cobrança e acredito que a gente vai dar a volta por cima e manter nossos postos de trabalho”, disse o vereador ao bahia.ba. Ele destacou a recente perda de três mil empregos para os trabalhadores.

No encontro de segunda-feira (26), o secretário Bruno Dauster reconheceu “que se colocou mal” ao falar sobre a extinção das linhas, em entrevista na semana passada, e explicou que o processo é um remanejamento. No entanto, o protesto dos rodoviários marcado para a sexta-feira (30) continua mantido.

“O protesto continua mantido. Tivemos uma reunião ontem e já houve recuo da proposta de retirada de linha, é outra situação, de remanejamento. É isso que a gente defende, que os ônibus sejam alocados nos bairros, para atender melhor a população, e a gente garantir nossos postos de trabalho”, declarou Ferreira.

A manifestação será na sexta-feira, 9h, no Campo da Pólvora, e às 15h, no Campo Grande.  “Queremos chamar atenção do ministério público para manter essa quantidade que está aí e fortalecer os bairros, porque a população está carente. Então se manter os ônibus nos bairros vai atender a população e garantir nossos postos de trabalho”, defendeu.

Entenda a polêmica

A discussão sobre a retirada de linhas começou com uma declaração do chefe da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, que pediu, em entrevista à Rádio Metrópole, na última quarta-feira (21), para que a prefeitura de Salvador cumprisse um acordo e retirasse cerca de 100 linhas que fazem o mesmo percurso que o metrô. A exclusão das linhas já estava prevista em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Estado e prefeitura, assinado em 2017.

Em resposta, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou, nesta segunda-feira (26), que a prefeitura não deve implantar a medida. “Não vamos retirar absolutamente nenhuma das linhas que o governo do estado está sugerindo que sejam suprimidas, porque isso iria gerar um caos na cidade. A população não pode ficar sem essas linhas de ônibus. Eu tenho o dever, a responsabilidade, enquanto prefeito, de zelar pelo transporte público, pela mobilidade das pessoas. (…) O que o governo do estado quer penaliza as pessoas mais pobres que dependem do ônibus e não vou permitir que isso aconteça. Enquanto eu for prefeito, não vamos suprimir nenhuma linha de ônibus”, declarou.

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