Publicado em 27/01/2020 às 14h13.

Homem que usou suástica em bar vira réu por apologia ao nazismo

Fazendeiro José Eugênio Adjuto pode ser condenado a cumprir até cinco anos de prisão em regime fechado

Redação
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

 

A Justiça de Minas Gerais aceitou nesta segunda-feira (27) a denúncia do MP (Ministério Público) contra José Eugênio Adjuto, acusado de apologia ao nazismo. O fazendeiro foi flagrado – e filmado – usando uma braçadeira com a suástica nazista em dezembro do ano passado em um bar de Unaí, no interior mineiro.

A primeira audiência do caso foi marcada para o 13 de maio pelo juiz da Vara Criminal de Unaí, Rafael Lopes Lorenzoni. O – agora – réu ainda não nomeou advogado para a sua defesa.

Na peça de acusação, Adjunto foi apontado como conhecedor profundo da história da Segunda Guerra Mundial e dotado de posições extremistas.

À polícia, ele alegou que “usou o símbolo religioso antigo de felicidade” e que não teria feito alusão ao nazismo – o símbolo, de fato, é encontrado em diversas culturas e religiões antigas.

Tal argumento, no entanto, não convenceu os promotores, que afirmam que o denunciado “produziu artesanalmente a braçadeira contendo o símbolo em seu braço esquerdo, acima do cotovelo, como tradicionalmente utilizavam os nazistas”.

O MP cita uma lei de 1989 que diz que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

Para os promotores, mesmo advertido pelas pessoas presentes ao local, “indignadas e incomodadas” com a situação, “o denunciado recusou-se, por duas vezes, a retirar o adorno, com evidente intenção de propagar ideias nazistas”.

O crime prevê pena de até cinco anos de prisão em regime fechado.

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