Publicado em 24/05/2016 às 12h40.

‘Investigado na Lava Jato não pode ser ministro’, sentencia Lamachia

Presidente da OAB fez ainda duras declarações contra os diálogos entre Romero Jucá e Sérgio Machado e disse que Brasil precisa lidar de forma urgente com corrupção

Redação
Foto: Divulgação OAB
Foto: Divulgação OAB

 

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, divulgou em nota, nesta segunda-feira (23), que “quem é investigado pela Lava jato não pode ser ministro de Estado”. A declaração foi dada logo após a publicação de áudios que envolvem o agora ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB).

De acordo com Lamachia, os diálogos “expõem um problema com o qual o Brasil precisa lidar de forma urgente”. “Lamento que o país tenha, mais uma vez, que passar por um processo de impeachment de um chefe do Executivo. O afastamento da presidente Dilma Rousseff, no entanto, é legítimo e legal. Essa foi a conclusão dos representantes das advogadas e advogados após ampla e minuciosa análise”, destacou.

Ainda de acordo com Lamachia, a Ordem torce pelo “sucesso do país e espera que o governo interino possa corresponder às expectativas da sociedade”. “Por isso, espero que o presidente em exercício tome medidas à altura da gravidade da situação”.

Ao finalizar, o advogado destacou que o Estado de Direito garante ampla defesa a todo mundo. “Todos os cidadãos têm direito à ampla defesa e ao devido processo legal. Mas as altas autoridades responsáveis pela condução do país precisam estar acima de qualquer suspeita. Os investigados devem poder se defender sem, para isso, comprometer a credibilidade das instituições.”, declarou.

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