Publicado em 11/11/2016 às 10h00.

IstoÉ: Dilma é citada como intermediária de caixa 2 com Odebrecht

Ex-presidente da construtora, Marcelo Odebrecht relatou três encontros pessoais com Dilma Rousseff, todos no Palácio da Alvorada e sem registro na agenda oficial, diz revista

Redação
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

 

A ex-presidente Dilma Rousseff será envolvida diretamente em negociações ilícitas na delação dos executivos da Odebrecht, de acordo com a revista Istoé, que já divulgou uma relação de Lula com crime de corrupção. Segundo a publicação, a petista foi citada como intermediária direta de dinheiro oriundo de caixa 2 pelo menos 18 vezes, por vários diretores da companhia.

Os depoimentos mais comprometedores, conforme a revista, seriam do próprio Marcelo Odebrecht, que detalhou três encontros pessoais com Dilma, todos no Palácio da Alvorada e sem registro na agenda oficial. Um deles teria sido logo depois da sua posse, em 2011. Outros dois, em 2014, ano da campanha à reeleição.

O empreiteiro contou que ela negociou pessoalmente pagamentos via caixa dois para a campanha. A Lava Jato já investiga a suspeita de que recursos de caixa 2 da Odebrecht abasteceram a campanha presidencial petista em 2014 depois de encontrar uma planilha da empresa que indicaria repasses ao marqueteiro João Santana entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014, no valor de R$ 4 milhões.

Marcelo disse que, em um dos encontros, pediu a intervenção de Dilma na liberação de repasses do BNDES para a construção do porto de Mariel, em Cuba, feito pela Odebrecht com financiamento de mais de US$ 600 milhões do banco de fomento brasileiro. Dilma teria lhe prometido resolver o assunto em 24 horas.

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