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Publicado em 10/12/2025 às 18h58.

Jerônimo admite discutir investimentos no ‘grau’ caso prática seja regulamentada

Governador ressaltou que o Executivo está impedido de destinar recursos enquanto a atividade não estiver regulamentada

Otávio Queiroz / Neison Cerqueira
Foto: André Souza/Bahia.ba

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), sinalizou nesta quarta-feira (10) que o governo estadual só poderá investir em espaços ou políticas voltadas aos praticantes do chamado “grau”, manobra em que motociclistas conduzem o veículo com apenas uma roda no solo, após a definição de um marco legal que autorize a atividade. Segundo o petista, qualquer ação pública depende de segurança jurídica.

Jerônimo relatou ter tratado do tema durante uma reunião em Feira de Santana com lideranças políticas e representantes de grupos que defendem a prática como manifestação cultural e esportiva. “Foi colocado à mesa que o grau vai continuar acontecendo e, dessa forma, era necessário construir um ambiente e regramentos para evitar acidentes”, afirmou.

Apesar de reconhecer a demanda dos praticantes, o governador ressaltou que o Executivo está impedido de destinar recursos enquanto a atividade não estiver regulamentada. “A nossa intenção é, com o Legislativo aprovando e nos dando segurança jurídica, possamos fazer investimentos, inclusive como o nosso governo sempre fez para o esporte, como o futebol e o basquete”, disse.

Discussão sobre regulamentação ganha força

O debate voltou ao centro da pauta após o vereador de Alagoinhas, Gleyser Soares (PV), defender publicamente a regulamentação do “grau”. Em diferentes municípios do país já existem projetos semelhantes, a exemplo do Projeto de Lei Ordinária nº 9/2023, que reconhece o wheeling, nome oficial da modalidade, como prática esportiva no Recife.

Atualmente, o grau é proibido em vias públicas. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) enquadra a manobra como infração gravíssima, prevista no artigo 244. Empinar moto resulta em multa de R$ 293,47, sete pontos na carteira e suspensão do direito de dirigir. Quando coloca terceiros em risco, pode inclusive configurar crime de trânsito.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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