João Roma volta a ‘passear’ no governo Bruno e indica sub na Saúde

Apesar de toda rusga entre o ex-prefeito ACM Neto (UB) que não se limitou apenas à seara política, mas familiar, chamou atenção do meio político municipal, o retorno de companheiros da cozinha de João Roma (PL) ao Palácio Thomé de Souza em cargos estratégicos. Alexandre Reis de Souza, ex-secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania na gestão Roma, assumiu a subsecretaria da pasta da Saúde, comandada pela vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT). A justificativa é de que Reis seria técnico e que já atuou em diversas pastas, como a própria SMS e a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).

Porém, os comentários não cessam de que de um ex-aliado de primeira hora para oponente pode se esperar tudo. “E, não se pode esquecer, que num passado recente Roma não foi capaz de reintegrar a gestão de ACM Neto no segundo turno das eleições, mas apoiou não apenas a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), como também do então pré-candidato Jerônimo Rodrigues (PT) com direito a dobradinha, ainda que nas entrelinhas, o que colaborou para a perca de muitos votos e, agora voltar a passear na gestão com forte indicação no governo Bruno. Fica difícil compreender”, enfatizou uma fonte próxima aos dois líderes políticos [ACM Neto e Bruno Reis].

Outra fonte lembrou que anteriormente, Roma teve como precedente “a indicação do jornalista Pacheco Maia, ex-assessor de ACM Neto, para o cargo de coordenação-geral de jornalismo da Secretaria de Comunicação Social (Secom), da gestão de Jerônimo Rodrigues, mas pressionado pelos petistas viu seu cargo ruir em menos de três dias. Ou seja, está atirando para todos os lados”.

Contudo, por outro lado, houve quem defendesse a trajetória de Alexandre Reis. “No Ministério foi subcoordenador de despesas, o que fez Ana [Paula Matos] optar por uma pessoa técnica, que já tinha sido do fundo da Educação, depois passou pela saúde e pelo administrativo financeiro. Em resumo, a nova gestora optou por ter segurança técnica na parte de gestão financeira porque a Saúde tem muitas especificidades das portarias do Ministério, enquanto ela fica mais à vontade para focar nas questões de saúde com a equipe técnica e ele nessa parte mais protocolar”, defendeu.