Publicado em 20/09/2016 às 08h00.

Justiça condena ex-executivo da Andrade Gutierrez

Otávio Azevedo não vai para presídio; por ter feito delação premiada, vai cumprir pena em regime domiciliar fechado, com tornozeleira eletrônica

Ana Lucia Andrade
Otávio Marques Azevedoresponde por crime de corrupção (Foto Estadão Conteúdo)
Otávio Azevedo foi condenado por crime de corrupção (Foto Estadão Conteúdo)

Alvo da Operação Lava Jato, o ex-presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, foi condenado pela Justiça Federal no Rio a 18 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A decisão foi divulgada na segunda-feira (19) e não cabe mais recurso, mas Azevedo não vai para presídio. Por ter feito delação premiada, durante o primeiro ano ele vai cumprir pena em regime domiciliar fechado, com monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica. Se cumprir corretamente a pena nesse período, será beneficiado com progressão para o semiaberto.

Azevedo foi denunciado pelo Ministério Público Federal por crimes referentes a contratos da usina de Angra 3 investigados pela operação Radioatividade, fase da Lava Jato, ao lado do ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que também já foi condenado pela Justiça Federal.

Procurada pela reportagem, a assessoria pessoal de Azevedo informou que ele não vai se manifestar sobre a condenação.

Também foi condenado na segunda-feira o ex-presidente da Andrade Gutierrez Energia Flávio Barra. A pena é de 15 anos de prisão, também em regime domiciliar por causa do acordo de delação premiada firmado.

Desmembramento – As investigações envolvendo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, começaram no Paraná como parte dos inquéritos sobre o esquema de corrupção na Petrobrás, mas foram transferidas para o Rio por decisão do Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, foi formado um cartel nas licitações de serviços de montagem da usina com envolvimento de empreiteiras.

A reportagem não localizou a defesa de Flávio Barra.

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