Publicado em 22/09/2016 às 07h43.

Lava Jato: Ex-ministro Guido Mantega é preso em hospital de São Paulo

Ele estava no Albert Einstein, no Morumbi, onde a mulher passa por uma cirurgia, quando recebeu o mandado da 34ª fase da Operação Lava Jato

Redação
(Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo).
(Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo).

 

O ex-ministro Guido Mantega foi alvo de prisão temporária da 34ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada durante a madrugada desta quinta-feira (22). No momento da prisão, ele estava no hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde a mulher passa por uma cirurgia. O mandado tem prazo de cinco dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período ou convertido em preventivo, que é quando o preso fica detido por tempo indeterminado.

A atual fase da Lava Jato investiga fatos relacionados à contratação, pela Petrobras, de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s).

Mantega foi ministro da Fazenda nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e, em maio deste ano, foi alvo de condução coercitiva da Operação Zelotes, que apurou a ligação dele com uma empresa suspeita de comprar decisões – por meio da compra de Medidas Provisórias – do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, na época em que comandava a pasta.

Arquivo ‘X’ – A operação foi batizada de Arquivo X, segundo a PF, sendo que o ‘X’ é referência a um dos grupos empresariais investigados e que tem como marca a colocação e repetição do X nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial. Além de Mantega, são alvos da operação executivos das empresas Mendes Júnior e OSX, pertencente ao grupo EBX, do empresário Eike Batista.

Conforme o Jornal Folha de S. Paulo, Eike Batista declarou em depoimento ao Ministério Público Federal que foi procurado por Mantega para fazer um pagamento de R$ 5 milhões ao PT, em novembro de 2012. Sob orientação do partido, ele teria firmado um contrato fraudulento com uma empresa de publicidade para realizar as transferências, feitas no exterior, num total de US$ 2,35 milhões. Os repasses suspeitos chegariam a cerca de R$ 22 milhões.

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