Publicado em 18/05/2016 às 18h40.

Líder do governo é investigado até por tentativa de homicídio

André Moura é réu em três ações penais no STF, acusado de desvio de dinheiro público, além de ser investigado em no mínimo três outros inquéritos

Redação
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Foto: Agência Senado

 

Líder do governo Temer na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE) é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de desvio de dinheiro público, e é investigado em no mínimo três outros inquéritos, entre eles por suposta participação em tentativa de homicídio e no esquema do petrolão, segundo a Folha de S. Paulo.

O parlamentar se tornou réu no STF em 2015, com denúncias de crimes de apropriação, desvio ou utilização de bens públicos em Pirambu (SE), na gestão do então prefeito Juarez Batista dos Santos.

Moura antecedeu Juarez no comando do município sergipano. Conforme a acusação, Moura teria atuado como “prefeito de fato” mesmo após deixar o cargo e utilizou bens e serviços custeados pela administração municipal, como gêneros alimentícios, celulares, veículos da frota municipal e servidores que atuavam como motoristas.

Moura já foi, inclusive, condenado por improbidade administrativa em Sergipe, por tais acusações, de uso ilegal de recursos da prefeitura de Pirambu. Ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que suspendeu os efeitos da decisão até o julgamento do recurso.

Tentativa de homicídio – De acordo com Juarez – que posteriormente se tornou adversário político de Moura – o ex-prefeito teria passado a pressioná-lo para continuar com as regalias. Juarez disse ainda que passou a receber ameaças, que resultaram em uma troca de tiros, na qual o vigilante de sua casa foi ferido. O caso gerou um inquérito no Supremo que apura a tentativa de homicídio, com Moura investigado.

O deputado integra também um dos inquéritos da Lava Jato no STF. O parlamentar nega todas as acusações. Em relação à suspeita de participação na tentativa de homicídio, a defesa de Moura diz que “as afirmações do Ministério Público baseiam-se somente nas acusações de um ex-prefeito de Pirambu, desafeto político de André Moura, que as fez com a clara intenção de tentar prejudicá-lo, apresentando denúncias falsas, jamais confirmadas através de qualquer prova material”.

Já sobre o inquérito da Lava Jato, o deputado afirma respeitar o Ministério Público e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas que “não vê motivo plausível para o pedido de investigação”, já que as acusações, segundo ele, não estão relacionadas a corrupção, mas “por ter sido André Moura ‘agressivo’ e ter ‘humilhado’, nas palavras do procurador-geral, os dirigentes do Grupo Schahin na convocação destes, feita no ano passado, pela CPI da Petrobras, da qual era sub-relator”.

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