Publicado em 10/06/2016 às 06h30.

Lobão recebeu R$ 2 mi em propina de empreiteira, diz delator

A Camargo Corrêa usou uma microempresa sediada em Santana de Parnaíba (SP) para efetuar o pagamento

Redação
Brasília - O senador Edison Lobão é alvo da Operação Catilinárias, onde a PF cumpre mandados no Distrito Federal e em sete estados. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Brasília – O senador Edison Lobão (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 

O senador Edison Lobão (PMDB-MA) recebeu R$ 2 milhões de um dos executivos da Camargo Corrêa que fez acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, Luiz Carlos Martins. A empreiteira usou uma microempresa sediada em Santana de Parnaíba (SP) para efetuar o pagamento, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

O depoimento foi prestado em março à Polícia Federal, em Brasília, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). O pagamento, segundo Martins, estava relacionado à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Conforme o delator, que foi diretor da construtora, o repasse foi feito porque Lobão “teria ajudado a montar os consórcios e para que ele não impusesse obstáculos ao andamento da obra”.

As obras estavam estimadas em R$ 13,4 bilhões, o que projeta uma propina de R$ 134 milhões, valor dividido entre as diversas empreiteiras envolvidas no projeto. Pelos cálculos de Martins, a cota da Camargo era de R$ 21 milhões.

O advogado do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente “não conhece a empresa AP Energy nem os sócios dela”.

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