Publicado em 18/10/2019 às 08h51.

Lula acena para Marta e diz que aceita sair como vice-presidente em 2022

Na 2ª parte da entrevista que concedeu ao portal UOL, o ex-presidente afirmou também querer ser a "Fernanda Montenegro de Ciro, aquele menino nervoso"

Redação
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

Na segunda parte da entrevista que concedeu ao UOL, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que, se a ex-senadora Marta Suplicy (sem partido) quiser, deve voltar ao PT.

“Se a Marta quiser, deve voltar [ao PT]. Ela tem relação com todo mundo e ainda continua sendo a prefeita mais bem avaliada de São Paulo”, declarou o ex-presidente, que recebeu os repórteres do portal na sede da Polícia Federal, em Curitiba, na última quarta-feira (16).

Na ocasião, Lula falou de sua relação com Ciro Gomes, candidato derrotado à Presidência pelo PDT no ano passado. E lançou mão de uma metáfora ao comparar o ex-governador do Ceará a um personagem do filme “Central do Brasil”.

“Assisti ‘Central do Brasil’ e vi a Fernanda Montenegro tentando ajudar aquele menino nervoso, rebelde. Lembrei do Ciro. Ela convenceu o menino, levou o menino à família e depois foi embora. Gostaria que o Ciro permitisse que eu fosse a Fernanda Montenegro dele”, disse o ex-presidente

Preso há mais de um ano, por condenação no caso do tríplex no Guarujá (SP), Lula também afirmou que, caso esteja apto politicamente, aceitaria ser candidato a vice-presidente da República em 2022, como Cristina Kirchner na Argentina.

“Estou disposto a não ser candidato a nada na minha vida. Já fui presidente da República. O problema é que essas perguntas, que são bem feitas e que são de boa-fé, muitas vezes serão interpretadas também de forma negativa. Aceito ser cabo eleitoral, a depender das circunstâncias políticas. É muito difícil num país que tem um partido como o PT você achar que ele não terá candidato a presidente da República. É muito difícil. Era como se você tivesse um time do Santos e você deixasse o Pelé no banco de reservas”, assinalou, ao cogitar a possibilidade de o PT fazer alianças no primeiro turno.

“Ora, se as circunstâncias caminharem para que haja uma aliança no primeiro turno, o que acho uma bobagem, porque briguei muito para ter a eleição em dois turnos. Porque era a chance de você poder se apresentar e dizer ‘eu existo’ e se submeter à votação do povo. Foi muito importante o Boulos ter sido candidato. Ele é jovem, foi candidato, não teve muito voto, não tem problema. Colocou a cara dele, já ficou mais conhecido. Se ele for em outra eleição, vai ficar mais conhecido. Até ele ganhar o pedigree político para receber voto, leva um tempo”, afirmou Lula.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.