Publicado em 14/09/2016 às 16h22.

‘Lula é o comandante máximo do esquema de corrupção’, diz procurador

Procurador Deltan Dallagnol afirmou que a propina destinada pela OAS ao ex-presidente superou a quantia de R$ 3,7 milhões via tríplex do Guarujá

Redação
Foto: Wilton Júnior/ AE
Foto: Wilton Júnior/ AE

 

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirmou nesta quarta-feira (14) que o ex-presidente Lula é o “comandante máximo do esquema de corrupção” na Petrobras, que teria pago R$ 6,2 bilhões em propinas e causado um prejuízo de R$ 42 bilhões à estatal.

“O Ministério Público Federal não está julgando aqui quem Lula foi”, completou Dallagnol, ao pontuar que há 14 conjuntos de evidência contra o ex-presidente, que teria sido o “maior beneficiário do esquema”.

“Após assumir o cargo de presidente da República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais”, escreve o MPF na denúncia.

Em entrevista coletiva, o procurador afirmou ainda que a vantagem indevida destinada ao ex-presidente pela construtora OAS supera a quantia de R$ 3,7 milhões, paga de forma dissimulada com a compra e reforma do apartamento tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.

Dallagnol também comparou o petrolão e o mensalão, ao argumentar que os esquemas tinham o objetivo de garantir governabilidade, perpetuar um grupo no poder e enriquecê-lo criminalmente.

A Lava Jato denunciou formalmente nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empresário Léo Pinheiro, da OAS, dois funcionários da empreiteira e outros dois investigados.

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