Publicado em 22/03/2023 às 07h06.

Lula escolhe nomes técnicos para diretorias do BC

Lula teria escolhido Rodolfo Fróes para assumir o posto de diretor de Política Monetária do Banco Central e Rodrigo Monteiro para ser titular da área de Fiscalização

Redação
Reprodução: Youtube

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Rodolfo Fróes para assumir o posto de diretor de Política Monetária do Banco Central e Rodrigo Monteiro para ser titular da área de Fiscalização da instituição, segundo a Folha de São Paulo. Os dois nomes teriam sido recomendados pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT). O ministro da Casa Civil Rui Costa reforça, no entanto, que Lula já tinha definido os nomes sugeridos pelo titular da Fazenda e que a indicação formal será feita após a viagem do presidente à China, que começa no dia 25 de março e vai até 1º de abril.

Fróes vem do mercado financeiro, trabalhou no Bank of America e foi membro do conselho do Banco Fator, instituição que foi presidida pelo atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Ele chega ao Banco Central para substituir Bruno Serra Fernandes, cujo mandato chegou ao fim em 28 de fevereiro. Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a função exige uma interação grande com o mercado financeiro por lidar com câmbio e leilões.

Já Monteiro é servidor de carreira do BC e assumirá o posto hoje ocupado por Paulo Souza, uma vez que seu mandato também expirou em 28 de fevereiro.

Até o anúncio oficial, Lula pode rever os nomes escolhidos. Posteriormente, os indicados passam por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal. Os nomes são, então, levados ao plenário para aprovação.

Com a autonomia do BC, a indicação dos diretores é uma maneira de Lula formar uma composição na cúpula da autoridade monetária mais alinhada com o governo petista.

O patamar elevado de juros no país tem sido alvo de ataques de Lula, que vem pressionando a instituição. Nesta terça, o presidente disse que vai continuar “batendo” e “tentando brigar” para que a taxa básica possa ser reduzida. Ele também voltou a atacar Roberto Campos Neto, presidente do BC, embora não o tenha citado nominalmente.

Lula tem reiterado que o nível atual dos juros no país é um “absurdo” e que o BC tem cometido uma “irresponsabilidade”. Para o presidente disse que é necessário afrouxamento monetário para garantir a retomada do crescimento, sob o argumento de que o Brasil não enfrenta um choque de demanda que justificaque a manutenção da Selic a 13,75% e juros reais na casa de 8%.

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