Publicado em 10/05/2016 às 09h01.

Maranhão, o ridículo, seria piada se não nos custasse caro

Waldir dizia, semana passada, que todos iriam se surpreender com ele

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”

Dante Alighieri, escritor, político e poeta italiano (1265-1321)

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado).

 

O dólar subiu, a bolsa caiu, o mundo inteiro falou mal do Brasil e os aliados de Dilma puderam dar um último suspiro como náufragos de um barco que está indo a pique.

Em síntese, aí está o resumo do legado de Waldir Maranhão, o breve. Ontem a noite ele carimbou a pieguice do seu feito: anulou o ato que anulou a sessão do impeachment.

Os jornalistas estrangeiros, que cobrem a crise brasileira, ficam sem entender nada. E é mesmo difícil entender.

Waldir Maranhão dizia, semana passada, que todos iriam se surpreender com ele. Não mentiu. Mas escolheu o caminho do ridículo para ganhar a notoriedade prometida. Com uma canetada, pretendia melar um processo de impeachment já em vias de ser finalizado.

Ganhou os seus 15 minutos de fama no olho do furacão de uma guerra. Por aí, pessoalmente, se estrepou. O partido dele, o PP, vai expulsá-lo. E na Câmara, vão partir para cassá-lo.

Seria até mais uma história a engrossar o vasto folclore político brasileiro, não fosse algo danoso à nação.

O bom da história é que o Congresso, pela primeira vez nesse vai e vem do impeachment, se resolveu, ao invés de recorrer à justiça.

Os jornalistas estrangeiros, coitados, vão continuar sem entender.

(Foto: Carol Garcia/GOVBA).

Rui e a notícia

Rui Costa estava ontem, em Feira de Santana, no meio de uma solenidade de entrega de viaturas da PM, ônibus escolares, tratores e motos, quando soube da notícia da anulação da sessão do impeachment.

Perdeu o fio da meada do discurso e emendou com palavras de ordem ‘contra o golpe, um golpe contra o povo’.

Vôo com os chineses

João Leão, vice-governador e secretário do Planejamento, sobrevoou ontem de helicóptero a Baía de Todos os Santos, dando uma esticada até Santo Antônio de Jesus e Valença, em companhia de um grupo de empresários chineses.

Foi mostrar a área em que se pretende implantar o projeto da ponte Salvador-Itaparica, o que inclui a duplicação das rodovias até Santo Antônio e Valença.

No gatilho

Leão diz que está tudo engatilhado, mas vê um problema: a crise.

Semana passada, ele fez um périplo pela Europa, passando por Portugal, Bélgica, Itálica, França e Alemanha.

— Lá, ninguém está construindo nada. É obra nova zero. O que eles fazem é manter o que já está pronto e só.

Mesmo assim, ele vê luz no fim do túnel.

(Foto: Clarisse Nascimento).

Empanada de sardinha

O cardápio no restaurante da Assembleia ontem foi empanada de sardinha e filé.

Pronto, virou Ba-Vi. Injuriados, torcedores do Bahia diziam que foi armação do presidente da casa, Marcelo Nilo (PSC), torcedor do Vitória de quatro costados, para fazer gozação com a turma do Bahia.

Só faltaram pedir a cassação do mandato dele por falta de decoro.

Centro Histórico

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) vai celebrar, na quinta, a passagem do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, realizando a 5ª edição do Sarau de Imprensa, com o tema Arquitetura, Urbanismo, Centro Histórico: o Real Des-visto.

Na mesa do Sarau estarão a arquiteta Iara Sydenstricker, a jornalista especializada em patrimônio material e imaterial, Mary Weinstein, e o superintendente regional do Iphan, Fernando Ornelas.

O evento será na sede da ABI (19h).

Jornal Aurora

O Jornal Aurora da Rua, que tem como alvo moradores de rua, festeja os seus nove anos com uma mostra no Foyer do Centro de Cultura da Câmara, na Praça Municipal.

Foi aberta ontem e fica até o dia 20.

Padroeiro sem prestígio

Todo mundo pensa que o padroeiro de Salvador é Senhor do Bonfim, não? Mas não é.

É São Francisco Xavier, cujo dia é hoje. Mas pelo visto, Senhor do Bonfim tem muito mais prestígio. A festa vai se limitar a uma procissão que sai da Câmara às 15h30.

Às 16h, Dom Murilo Krieger celebrará missa.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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