Publicado em 19/12/2019 às 11h07.

Massagem às Cegas: histórias de tragédias, luta e superação

Os 14 integrantes do grupo são assim, cada um com sua história dramática, a começar pela idealizadora, Claudia Lima, que pegou uma doenças nos olhos e ficou cega

Levi Vasconcelos
Foto: Blog do Levi
Foto: Blog do Levi

 

Rodoviário de ofício a vida quase toda, nos últimos tempos na empresa Praia Grande, nove anos atrás, Moisés Santos, 46 anos, viu sua vida dar uma guinada: passando nas proximidades de uma guerra de espadas em Periperi, uma delas bateu-lhe no rosto. Perdeu a visão. E nos dois olhos. A esposa Rosana e o filho Alan, de 14 anos, viraram esteios, físico e social.

Ricardo Leite Ferreira, 41 anos, aos 11 anos de idade perdeu a visão numa cirurgia de catarata.

Tocando em frente

No Massagem às Cegas, os 14 integrantes são assim, cada um com sua história dramática, a começar pela idealizadora, a professora Claudia Lima, que pegou uma doenças nos olhos e ficou cega.

— Para mim, que passei a vida inteira contemplando o mundo, foi difícil. Até que entendi que cuidar dos outros seria uma boa saída.

Com apoio do Gandra Terapias, do professor Carlos Gandra, Cláudia tornou-se massoterapeuta, uma atividade da área, um conjunto de massagens que tem como foco melhorar a saúde.

E também ancorada no Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual, que funciona na Saúde, começou a dar aulas a amigos que se interessaram, em salas sempre às escuras, para facilitar o relaxamento.

Semana passada eles estavam na Assembleia. Atendem em grupo ou em casa. E Cláudia diz que está tudo bem.

— Cuidados da saúde dos outros e das nossas.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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