Publicado em 19/09/2019 às 11h06.

Medeiros Neto e Caravelas travam uma guerra pela Usina Santa Maria

Está a 14 km de Medeiros e a 140 de Caravelas, mas tecnicamente pertence a Caravelas. O conflito se instalou

Levi Vasconcelos
Foto: prefeitura de Caravelas
Foto: prefeitura de Caravelas

 

Processando sete mil toneladas de cana para produzir 500 mil litros de álcool por dia, a Usina Santa Maria, com 1.800 empregados fixos, virou alvo de uma guerra entre Medeiros Neto e Caravelas, dois municípios do extremo sul da Bahia.

A questão: ela está a 14 km de Medeiros e a 140 de Caravelas, passando por duas outras cidades, Teixeira de Freitas e Alcobaça, mas tecnicamente pertence a Caravelas. O conflito se instalou.

A pendenga é velha, mas pipocou ontem com todo vigor na Comissão de Divisão Territorial da Assembleia, com as partes presentes, sem acordo. Ela rende, em média, R$ 800 mil de impostos por mês.

Fala a prefeita de Medeiros Neto, Jadna Paiva (PP):

— A usina se instalou lá há 35 anos e todos os laços sempre foram com Medeiros. Nós estamos brigando pelo social, eles pelo dinheiro.

Fala o prefeito de Caravelas, Sílvio Ramalho (PP):

— Nem ela pode ceder e nem eu. Se eu ceder estou politicamente morto.

Fala a Usina

Marcos Lemos, diretor da Usina Santa Maria, diz que quando a indústria lá se instalou tudo foi registrado em Medeiros Neto, inclusive as terras, dadas em garantia aos bancos.

— Nossa trajetória toda, jurídica, burocrática e social sempre foi com Medeiros.

O deputado Osni Cardoso (PT), presidente da Comissão, disse que vai reunir PGE, TJ e Ministério Público para buscar uma solução.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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