Publicado em 17/06/2016 às 21h40.

‘Medidas muito duras’ serão tomadas no Rio, diz governador

Após decretar estado de calamidade pública no Rio de Janeiro, o governador em exercício afirmou que o objetivo é chamar a atenção de toda a sociedade

Hieros Vasconcelos
Foto: Daniel Basil-Faquini/ Portal da Copa
Foto: Daniel Basil-Faquini/ Portal da Copa

 

O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, anunciou que a decretação do estado de calamidade pública abrirá espaço para a tomada de medidas muito duras nos próximos dias para enfrentar a crise econômica no estado. Dornelles falou com a imprensa no início da noite desta sexta-feira (17), no Palácio Guanabara, mas não quis detalhar quais medidas serão tomadas a partir da próxima semana.

“O decreto de calamidade pública tem objetivo de chamar a atenção de toda a sociedade do Rio para os problemas que vive o estado, abrindo caminho para que a gente possa tomar medidas muito duras no campo da administração. Isso, no momento oportuno, nós vamos equacionar”, disse o governador.

Dornelles explicou porque houve a decretação do estado de calamidade pública. “Eu quero que todas as pessoas do Rio de Janeiro compreendam que o estado vive uma grande crise financeira. Houve um problema na área de petróleo, houve um problema de recessão econômica, com nossa siderurgia, com o nosso setor automobilístico, perdemos uma grande arrecadação de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços], perdemos uma grande quantidade de royalties do petróleo e essa medida de calamidade pública tem objetivo de chamar a atenção de cada cidadão para as dificuldades financeiras que vive o estado.”

O governador disse que os salários dos professores estão garantidos, porque recebem pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas não quis comentar sobre os salários dos demais servidores, que atualmente recebem parcelado e com atraso. “Hoje, cada coisa no seu momento e na sua hora”.

Dornelles disse que o estado não deixará de pagar suas dívidas e que espera ajuda do governo federal. “Não se pretende dar calote. Eu espero do governo federal uma grande compreensão, principalmente um trabalho conjunto na área da segurança, da saúde e da mobilidade, que são pontos extremamente importantes para o Rio de Janeiro.”

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