Publicado em 13/07/2016 às 06h30.

Mensagens mostram assédio de políticos a executivo da Andrade

Entre os interlocutores, estão candidatos, emissários de campanhas e Edinho Silva (PT), tesoureiro de Dilma em 2014

Redação
Otávio Marques Azevedoresponde por crime de corrupção (Foto Estadão Conteúdo)
Otávio Marques Azevedoresponde por crime de corrupção (Foto Estadão Conteúdo)

 

A quebra de sigilo do celular de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, mostra que ele recebia mensagens do tipo: “Bom dia. Sabe quando será feito o depósito?”, de teor insistente, com grande frequência em períodos de campanha eleitoral.

Entre os interlocutores, estão candidatos, emissários de campanhas e Edinho Silva (PT), tesoureiro da petista Dilma Rousseff em 2014. Há, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, menções a negociações com as principais candidaturas da eleição presidencial de 2014. Edinho questiona, em mensagem de agosto daquele ano, a falta de doações e chama a situação de “drástica”. “Repassei o problema da não contribuição e estão pedindo para você fazer ao menos 10 até amanhã para não paralisar setores importantes da campanha. Aguardo retorno”, diz o petista.

Para a PF, “10” possivelmente se refere a um pedido de R$ 10 milhões de contribuição. Azevedo responde apenas com o pedido do número da conta de campanha. Uma negociação de doação para a campanha do tucano Aécio Neves à presidência pode ter sido feita com Oswaldo Borges da Costa Filho, ex-presidente da estatal mineira Codemig e conhecido como tesoureiro informal do PSDB-MG. O empreiteiro foi preso na Operação Lava Jato, há um ano. Solto no início de 2016, atualmente é réu e delator.

Temas: dilma , PF , Andrade

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